Chegou-me, finalmente, às mãos "Magias", de Herberto Hélder. Leio, releio e volto a ler. A dúvida é sempre a mesma: são poemas mudados "simplesmente" para português ou é Herberto, lui-même, quem escreve. Dúvidas à parte, o livro é mágico.
"(...)Não tenho o direito de garantir que esses textos são traduções. Diria: são explosões velozmente laboriosas. O meu labor consiste em fazer com que eu próprio ajuste cada vez mais ao meu gosto pessoal o clima geral do poema já português: a temperatura da imagem, a velocidade do ritmo, a saturação atmosférica do vocábulo, a pressão do adjectivo sobre o substantivo. Uma pessoa pergunta: e a fidelidade? Não há infidelidade. É que procuro construir o poema português pelo sentido emocional, mental, linguístico que eu tinha, sub-repticiamente, ao lê-lo em inglês, francês, italiano ou espanhol. É bizarramente pessoal. Mas não há fidelidade que o não seja." - O bebedor nocturno, Photomaton & Vox.
"(...)Não tenho o direito de garantir que esses textos são traduções. Diria: são explosões velozmente laboriosas. O meu labor consiste em fazer com que eu próprio ajuste cada vez mais ao meu gosto pessoal o clima geral do poema já português: a temperatura da imagem, a velocidade do ritmo, a saturação atmosférica do vocábulo, a pressão do adjectivo sobre o substantivo.
ResponderEliminarUma pessoa pergunta: e a fidelidade? Não há infidelidade. É que procuro construir o poema português pelo sentido emocional, mental, linguístico que eu tinha, sub-repticiamente, ao lê-lo em inglês, francês, italiano ou espanhol. É bizarramente pessoal. Mas não há fidelidade que o não seja." - O bebedor nocturno, Photomaton & Vox.
Eu também acho que é sempre Herberto Hélder.
Soberbo!
ResponderEliminarhttp://brownrickenbacker.blogspot.com