quarta-feira, 19 de agosto de 2009

E se...


...largássemos os deveres que nos consomem e ocupam a cabeça e nos dedicássemos ao prazer e ao nada fazer? Leio e releio Albert Cossery e essa vontade cresce. Afinal, o prazer mais não é do que saborear aquilo que gostamos e que a ocupação laboral nos nega. Curiosamente, algo que Otar Iosseliani tão bem demonstra nos seus filmes...
...a vida não está, certamente, na observância acintosa das regras que todos os outros seguem. Está para lá disso, perdida nos pequenos gestos que a pressa mundana nos faz esquecer. Está ali, no meio dos indigentes, marginais ou mesmos dos vencidos da vida, que deambulam pelo Mundo ignorando o Mundo que os esqueceu e fechou numa gaveta recôndita, pelo que nos resta ser pequenos vagabundos procurrando o prazer que a pressa nos tira.

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